Promotora de Justiça de Família é premiada com projeto desenvolvido na Uniube
A promotora de Justiça de Família de Uberaba, Miralda Dias Dourado de Lavor, ficou em terceiro lugar no Prêmio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) 2017. A premiação tem o objetivo de dar visibilidade e reconhecimento aos programas e projetos do Ministério Público que tiveram mais destaque no Planejamento Estratégico Nacional.
A premiação da promotora foi com o projeto “Oficinas de Parentalidade” desenvolvido na Universidade de Uberaba (Uniube) e na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). A categoria foi Unidade e Eficiência da Atuação Institucional e Operacional. “Esse prêmio representa o reconhecimento do trabalho desenvolvido por parte do Conselho Nacional de Justiça. Mais, que isso, revela a intenção do Conselho em evidenciar a todos os membros da instituição a importância de se trabalhar com famílias, especialmente num projeto como este, que promove a implantação de uma política pública de prevenção e resolução de conflitos familiares. Isso é muito significativo, pois, apesar de tantas outras áreas de destaque na atualidade (crime, corrupção, meio ambiente) o Conselho indica um projeto na área de família, reconhecendo a relevância do cuidado com a família, que, afinal é a base da sociedade”, reforça a promotora.
As oficinas da Uniube acontecem mensalmente e contam com a participação de alunos e docentes dos cursos de Direito e Psicologia. O projeto, reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), maior órgão do Judiciário brasileiro, foi encampado pela Extensão da Uniube em convênio com o Ministério Público e visa a auxiliar os envolvidos em ações de divórcio em que há filhos menores a lidar com o conflito, sem que as crianças e adolescentes sintam-se culpadas pela separação e a família possa prosseguir sem maiores problemas que, em regra, caem novamente no Judiciário, como não pagamento de pensão alimentícia, alienação parental, medida protetiva contra pais em relação aos filhos e ao ex-companheiro.
Em dois anos, a Uniube já atendeu mais de duzentas pessoas da comunidade. “As instituições parceiras recebem as famílias convidadas em suas instalações físicas, cedendo, inclusive recursos audiovisuais. E, assim, as famílias são distribuídas nas respectivas salas (duas salas de pais, uma de crianças de 06 a 11 e outra de adolescentes de 12 a 17 anos). Formados os grupos, instrutores voluntários e professores das instituições fazem as explanações guiados pelo material disponibilizado pelo CNJ. Alunos participam na condição de apoio, observadores e, quando adquirem mais experiência conduzem oficinas de crianças e adolescentes”, explica a promotora.