Preocupação com sustentabilidade exige qualificação de engenheiros ambientais
Nesta sexta-feira (31), é comemorado o Dia do Engenheiro Ambiental. Este profissional, que pode atuar em diversas áreas como saneamento, construção civil e recuperação de áreas degradadas, tem como missão diminuir os impactos que as atividades econômicas causam ao meio ambiente. Ou seja, o engenheiro ambiental faz planejamentos para que seja possível alcançar um desenvolvimento sustentável, diminuindo o desperdício e otimizando o uso de recursos naturais. Dessa forma, ele ajuda a controlar a poluição, recuperar recursos, implantar sistemas de tratamento de água e esgoto, entre outros.
Nos últimos anos, com o aumento das mudanças climáticas, as demandas ambientais estão maiores e mais complexas. Não basta mais que a empresa se articule dentro dos seus próprios interesses para transformar a sustentabilidade em estratégia de marketing. É preciso desenvolver a chamada responsabilidade socioambiental participativa, que é a articulação dos interesses reais da sociedade com os da corporação, de forma que a empresa possa investir socialmente para atingir resultados satisfatórios. Se antes a função do engenheiro ambiental era aplicar conhecimento técnico na área de gestão, agora ele precisa estar atento às demandas sociais.
Segundo o coordenador do MBA em Sustentabilidade Corporativa e Finanças Ambientais e coordenador dos cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia de Produção da Uniube Uberlândia, professor Fabrício Pelizer, este é o novo caminho da sustentabilidade: empresa e sociedade juntas causando impactos positivos. “Não adianta a empresa desenvolver uma prática ambiental de plantio de árvores ou revitalização de uma área verde se o que é urgente para a comunidade for a despoluição de um rio, por exemplo. Sustentabilidade passa pela sensibilidade de entender o que a sociedade demanda.”, explica Pelizer.
Para que isso aconteça, o professor explica que é preciso que o profissional da área ambiental tenha conhecimento de tecnologias alternativas, bioeconomia, eficiência, indicadores e de gestão desses. Além do mais, precisa conhecer as realidades sociais de onde vive e de onde está inserido o projeto ou empreendimento. Com todo esse conhecimento, adquirido por meio de múltiplas formações, visitas técnicas, laboratório, leituras e estágio, será possível trabalhar em processos que atendam aos melhores interesses da sociedade e da empresa.