Núcleo de Prática Jurídica é diferencial na carreira do Direito
Órgão é responsável pelo atendimento jurídico a pessoas de baixa renda em Uberaba
Mais de 7.600 pessoas foram beneficiadas pelo Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade de Uberaba (Uniube) somente em 2019. O órgão é responsável pelo atendimento à comunidade de baixa renda em todas as áreas do Direito e serve como campo prático para os alunos dessa graduação. O Núcleo é destacado na Portaria nº1886, de dezembro de 1994, que evidencia as diretrizes curriculares e conteúdos mínimos dos cursos de Direito.
Os estágios são supervisionados por professores da universidade e feitos por estudantes a partir do 7º período. “Primeiro ele [aluno] começa no estágio simulado, simula atendimentos, a realização de peças e instrumentos. Depois, no último ano, começa a atender a população, que é nosso cliente, em todas as áreas do Direito”, explica a coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas da Uniube, Maria Angélica Queiroz Cosci.
O atendimento é gratuito para pessoas de baixa renda. “A importância do NPJ é muito grande, primeiro porque ele proporciona ao cidadão que não pode pagar um advogado acesso ao judiciário e à solução dos problemas que ele está vivendo em várias áreas: aposentadoria, consumidor, criminal, trabalhista etc. Então é muito importante porque ele não terá custo com nada, com processos ou honorários de advogado”, continua Maria Angélica.
É o caso da aposentada Maria Imaculada Borges da Silva. Ela procurou a Universidade para solucionar um problema com a compra de celulares. “Eu comprei dois celulares. Eles falaram que iam fazer um preço bom para mim, só que eu achei os juros muito exorbitantes. Eu fiz as contas e achei que eram desnecessários, fui ao fórum e me indicaram aqui. Aí eu procurei a Uniube, conversei, fui muito bem atendida e estou aqui para tentar resolver o meu problema”, comenta.
Para os estudantes de graduação, o local é a oportunidade de colocar em prática tudo que é aprendido em sala de aula. “Para nós, estudantes, é muito importante porque é uma forma de treinar o que a gente vai vivenciar lá fora enquanto profissionais e é importante para a gente aprender a lidar com o cliente, saber procurar formas de solucionar os problemas”, finaliza a estudante do 10º período de Direito, Ana Olívia Silva Ferreira.