Agronegócio: entenda como está esse mercado
O agronegócio no Brasil tem uma expressiva representatividade na economia. Mesmo com a crise, o setor fechou 2017 com o Produto Interno Bruto (PIB) acima de 20% e continua em constante crescimento. A estimativa é de aumento em até 3,42% este ano. Além disso, a área é responsável por mais de 30% da empregabilidade e quase 40% das exportações no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o zootecnista e doutor em Produção Animal Evandro Rigo, coordenador do curso de Tecnologia em Gestão do Agronegócio da Universidade de Uberaba (Uniube), o setor agropecuário vem sofrendo modificações no perfil de trabalho e os profissionais da área precisam estar qualificados para essa nova tendência. “A empregabilidade do gestor de agronegócios terá uma alta mais significativa após a turbulência de 2018, principalmente depois das eleições”, afirma.
Ainda segundo ele, são necessários agentes preparados para gerenciar processos produtivos da área. “O agronegócio é a vocação do Brasil, temos grandes possibilidades de consolidação na produção agrícola e pecuária. Estamos entre os maiores produtores de insumos no mundo e só precisamos de políticas que consolidem isso e a empregabilidade irá acompanhar”, complementa.
Sobre o curso de Tecnologia em Gestão de Agronegócio da Uniube, o professor diz que o profissional será capaz de planejar, desenvolver, criar, organizar, implementar e gerenciar organizações e ações, destacando-se em grandes empresas de caráter regional, nacional ou transnacional. “Estes profissionais terão uma visão mais gerencial, focando nas áreas de liderança, empreendedorismo, com uma visão mais ampla do âmbito do agronegócio brasileiro com sua inserção na internacionalização dos processos”, explica.
Sucesso no mercado
O ex-aluno do curso de Tecnologia em Gestão do Agronegócio da Uniube, Thiago Afonso, trabalha como analista de planejamento financeiro agroindustrial na Raízen, uma das empresas de maior destaque de energia do mundo, com cerca de 30 mil funcionários e faturamento superior a R$ 85 bilhões. São 860 mil hectares de área agrícola cultivada, 98% de colheita mecanizada, 26 unidades de produção de açúcar, etanol, bioenergia e moagem de 73 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
Sobre a área de agronegócios, o analista reforça que o Brasil é o celeiro do mundo. “É um segmento que está numa evolução tecnológica crescente, em busca de altas produtividades, baixos custos para se manter competitivo no cenário mundial. Somos os principais players na cadeia de proteína animal, um dos maiores produtores e exportadores de soja, um dos maiores produtores e exportadores de açúcar e possuímos um dos maiores rebanhos bovinos do mundo”, completa.
De acordo com a Organização das Nações para a Agricultura e Alimentação (FAO), até 2050, o mundo terá cerca de 9 bilhões de habitantes. Segundo o ex-aluno, para corresponder a essa demanda, deveremos ser mais eficientes na utilização de recursos naturais e aplicação de tecnologia e investimentos. “Teremos que dobrar a produção atual de alimentos em 60%, energia em 50% e água em 40%. Por isso, o gestor de agronegócio terá um papel fundamental para construção do agro de forma sustentável, com aumento de produtividade vertical”, pontua.
Thiago reforça, ainda, a indicação para aqueles que possuem interesse pela área e perfil de gestão. Também deixa a dica para os futuros profissionais do agronegócio. “Seja o protagonista de sua própria história e não fique esperando pelos outros. Tenha foco, pensamentos positivos e acredite em si mesmo. Se proponha a fazer o melhor em tudo, mesmo se a condição parecer desfavorável, e sempre tenha a humildade de reconhecer as pessoas, reconhecer as próprias qualidades e os próprios erros. Observe, aprenda, erre, aprenda de novo e ‘chegue a bota’”, finaliza.
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