6ª Semana das Lutas de Maio tem programação durante toda a semana
A 6ª Semana das Lutas de Maio, organizada pelo curso de Psicologia da Uniube, começou nessa segunda-feira, 14 de maio, e vai até a próxima sexta-feira (18). O projeto visa debater e expor um tema por dia durante toda a semana. São eles: Luta contra o Racismo, Luta em prol da Adoção, Luta contra o Abuso e a Exploração Sexual Infantil, Luta contra as LGBTfobias e Luta Antimanicomial.
Os temas são discutidos em oficinas, mesa redonda, rodas de conversas, palestras e exposições. “Todo ano a gente tem a expectativa de mudar o olhar das pessoas sobre esses assuntos. Tirar algum preconceito ou fazer a pessoa repensar sobre esses tópicos, que são lutas”, afirma o estudante integrante da Comissão Organizadora de Eventos da Psicologia (COEP), Cleber Dutra Dias.
O evento acontece no bloco A do campus aeroporto da Uniube, em Uberaba-MG. É aberto a toda a comunidade e gratuito. “Queremos mudar a visão das pessoas, a visão crítica, ampliando as discussões sobre questões sociais, da luta que a gente tanto enfrenta”, completa a aluna, e também integrante da COEP, Mariana dos Santos Oliveira.
Exposição 100%Afro
Dentro da programação da 6ª Semana das Lutas de Maio está a exposição 100%Afro, construída pela fotógrafa Ruth Gobbo, em parceria com a Fundação Cultural de Uberaba. O projeto se trata de um intercâmbio entre o Brasil e a África representado por meio de retratos. As fotografias estão expostas na Biblioteca Central do campus aeroporto da Uniube durante toda a semana.
Formada na Uniube, há 20 anos, a jornalista Ruth Gobbo compartilha que é uma grande felicidade voltar na Universidade a convite do curso de Psicologia e possibilitar a mostra de uma reflexão de extrema importância. “É uma exposição que traz o tema dos índios do Vale do Omo, são oito tribos que vivem lá, mais ou menos duzentos mil índios, então vem trazer a beleza e a cultura”, explica.
Apaixonada pela África, Ruth compartilha que, enquanto acadêmica, sempre estudava um pouco sobre a cultura e os conflitos africanos. “Sempre estudei Nelson Mandela e eu tinha um sonho que começou aqui que era conhecer o líder e trabalhar como um dos fotógrafos de guerra do Clube do Bangue-Bangue (Bang-Bang Club). Foi aí que eu fui para lá em 1998, fiquei apaixonada e sempre trabalho essas questões africanas e a minha fotografia expressa isso, expressa liberdade, expressa beleza, expressa amor, respeito, a cultura daquele país, defendida por Mandiba”, enaltece.
Ela completa reforçando que o projeto é aberto para quem quiser participar. “Quem se sente 100% Afro pode entrar em contato com a gente no Instagram e nós montamos os laboratórios e tiramos novas fotos. É uma pesquisa que já foi feita aqui com voluntários, em Uberaba, em Sacramento e Araxá. Então é muito interessante e gratificante”, conclui.